É fato que a nossa sociedade passa por uma transição. A nossa geração, anterior aos anos 80 já tinha à sua disposição o rádio, o telefone, o cinema e a televisão, além das mídias impressas. Em países ditos subdesenvolvidos, como o Brasil, o rádio teve um papel importante na formação cultural do povo. No entanto, a partir da década de 80 houve uma gradativa e considerável expansão no número de televisores comercializados, fato que influenciou, sobremaneira, os novos rumos na sociedade em geral. Os programas de televisão passaram a ser cada vez mais apelativos ao consumo dos mais variados bens e serviços. A TV passou a ditar modas, costumes e a mudar os hábitos da população e foi, por muitas instituições, considerada vilã em relação aos valores éticos e morais. Com a disseminação da informação por meio de computadores em rede, os avanços da telefonia VOIP e a facilidade de acesso a todo e qualquer conteúdo da internet, fica claro que precisamos sim de uma educação para os meios de comunicação, considerando que as crianças e jovens não têm ainda a maturidade suficiente para filtrar aquilo que, de fato, poderá ser agregado ao seu processo de construção do saber. Acredito que a formação cidadã das crianças e adolescentes da nossa época precisa ser mediada por educadores conscientes do seu poder de transformação social.
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